domingo, 19 de agosto de 2012

A quem interessar possa...

Temos vivido tempos de conflitos ideológicos. É o período de eleições quando as pessoas se manifestam ou não sobre seus candidatos, acreditando estar no exercício da democracia. Entretanto, hoje apresentamos um perfil diferente de outras eleições, a explosão do uso das redes sociais, que bombardeiam notícias de todos os lados. Seria muito bom se a tão desejada democracia estivesse fundamentando a divulgação dessas notícias. Infelizmente não é isso que temos visto pois, as pessoas tem aproveitado para trocar farpas e agredir uns aos outros, revelando através de suas palavras digitadas num teclado solitário, um perfil antes desconhecido. Me assusto com determinadas pessoas que usam de sarcasmo, deboche e ironia para manifestar o seu querer, a sua ideologia política. Em algumas situações parece que tentam enfiar pela "goela abaixo" a sua verdade, como única e aceitável.   Tenho medo de, sem perceber, acabar seguindo pelo mesmo caminho. Por isso  tento me cuidar, mesmo acreditando na minha opção partidária.  Até porque, o convencimento daquilo que se acredita não vem só nesse momento, mas durante toda uma trajetória de trabalho e ação política - minha opção já foi feita.  Acredito em propostas que contemplem e completem meus ideais.  Essa escolha não está vinculada a comandos ou desmandos, simplesmente por ter a consciência de que meu voto precisa ser um dispositivo gerador de benefícios públicos.  Podem até dizer que estou usando de demagogia, não ligo, sei muito bem o que podemos fazer e transformar através de um trabalho coletivo e comprometido. Sei muito bem o que quero e pelo que luto. As pessoas que me conhecem também, se alguém duvida é porque não me conhece, não faz parte da minha história. Uma história que conta e contou com muitos amigos que profissionalmente se envolveram e abriram muitas possibilidades de transformação nas histórias das pessoas que atendiam. Outro dia, uma pessoa me disse de forma agressiva que minha opção política servia para atender meus interesses particulares. Engoli uma meia dúzia de palavras que poderiam transformar aquela conversa em algo não muito agradável mas, fiquei pensando naquela situação não como uma constatação negativa. Pensei nos meus "interesses", lembrando do seu significado em Latim -  “ser de importância, fazer diferença”, literalmente “estar entre”, de INTER, “entre”, mais ESSE, “ser, estar”. Não posso me chatear com a suposta acusação porque essa é minha proposta de vida - fazer a diferença para aqueles que precisam, estar entre essas pessoas que necessitam de um trabalho sério e comprometido. O mesmo "amigo" poderia dizer agora, "ah.. eu disse que era interesse particular!" e respondo a ele e a quem interessar possa que É! Eu quero e preciso  acreditar na transformação, em tudo que já conseguimos e naquilo que ainda se pode fazer, independente de posto ou cargo mas, do compromisso com a minha ação profissional, com uma filosofia política que também vai pensar e potencializar o indivíduo até ele se tornar parte do público - do grupo maior que faz girar e gerar uma cidade, uma cidade educadora, uma cidade humanizada. Fazendo a diferença com a união de nossas forças. Quem quiser a mesma coisa, é só vir comigo, quem não quiser também continuará a ser meu amigo.